Mas é coelho o prato nacional? Numa ilha?
Pois é.
Os fenícios chegaram primeiro naquele pedaço de terra no meio do nada. Logo perceberam que o mar estava para cartagineses, romanos, bizantinos, árabes, normandos, cavaleiros hospitalários, britânicos e tal. Nem dava tempo de estar pra peixe.
Três mil anos de sucessivas invasões ensinaram aos malteses “a thing or two”... Todas as lendas, mitos e até histórias infantis falam do Cristianismo versus Islã, de lutas sangrentas, de espadas pra todo lado e viúvas-fantasma de gente degolada na beira do mar.
Fosse eu, também preferiria coelho e uma bela dose de fortalezas na praia, numa boa.
Comi o bicho de todo jeito: em terrines, rilletes, e na forma mais tradicional: o fenek fit-tewm u l-inbid, ou coelho com vinho e alho, no melhor estilo ‘quem acertar a palavra “coelho” no nome do prato, não paga’.
[aqui, vol au vent de coelho com ervilhas e batatas, no ótimo restaurante Tarragon, na Baía de St.Paul]
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